Aldalice da Conceição Costa, Alda como gosta de ser chamada. É natural de Salvador, moradora do bairro do Saboeiro há mais de 20 anos.

Ao falar sobre como o artesanato entrou na sua vida, ela diz que o artesanato está no DNA dela, que sua mãe era costureira. O seu pai trabalhava na Imprensa Oficial (foi funcionário do Estado), trabalhou na parte de linotiposta como era chamado na época (sendo hoje, na digitação). Foi morar com sua avó quando sua mãe morreu. Sua avó também foi artesã, mas fazia os produtos para uso próprio. Sempre conviveu com arte, mas teve um período que precisou se afastar, pois, o seu pai faleceu e a mesma estava terminando o colegial, fazendo vestibular. Passou no vestibular, porém, a situação obrigou-lhe a trabalhar (trabalhou no Polo de Camaçari). Passou só a fazer arte para pessoas da família e amigos.

Começou fazendo embalagem, depois se encantou pelos tecidos. Hoje faz artesanato com tecido e papel. Gosta muito de fazer flores de fuxico, de fazer aventais. Faz também quadro gourmet, avental, bolsa de fuxico. Os papéis utilizados são: decoupagem para fazer os quadros, para as caixas utiliza papelão covo (verificar) ou papelão paraná, papel de presente (adaptado para uso de cola). Além disso, fala que não tem nenhuma afinidade com croché e tricô, mas que acha bonito. Reconhece que algumas de suas peças precisavam desse domínio de tal produção.

A mesma fala que não dar para viver com a renda do artesanato, diz que tem dificuldade de dar preço em seus produtos, de chegar nas pessoas para divulgar os produtos e vender.

Sobre ser artesã (pontos positivos e pontos negativos), o positivo que a preenche, que é uma terapia, trabalha diariamente com criatividade e principalmente que acalma. Enquanto que o negativo de ser artesã é a dificuldade em acessar as pessoas para vender os produtos. Além do mais, a dificuldade de encontrar materiais em quantidade e qualidade em Salvador.

Trabalha com encomendas. A pessoa solicita a encomenda, ela passa o valor (neste caso, para ela é mais fácil dar um preço, pois, tem noção de quanto gastou com os materiais e incluindo a mão de obra) e combina o local de entrega.

Além do artesanato, ela exerce outro tipo de trabalho, é arquivista (sempre que tem oportunidade faz esse tipo de trabalho, apesar de aposentada). No momento está lançando uma pequena empresa (que se chama Artepel) para fazer arquivo pessoal para pessoas que não tem habilidade de guardar seus documentos e de arrumar.

A história com a UNEB começou através de sua amiga (Bernadete) que falou do Cultarte. Assim, Alda chegou ao Cultarte em meado de 2017.

Ela fala que se sente bem fazendo parte do Cultarte, que tenta colaborar o máximo possível, que o grupo tenta administrar da melhor forma, apesar de cada uma ter sua opinião e visão, e isso é respeitado.

Alda diz que a sala do Cultarte precisa ter mais equipamentos (um notbook só para o Cultarte para o uso de planilha e facilitar em lançar os produtos, ao invés de ficar só no papel) que facilitem o dia a dia delas, precisam de um treinamento da área financeira, da área contábil, que as vezes as artesãs ficam meia perdidas.

 

Contatos e fotos se encontram no link abaixo:

https://artesanatocultarte.blogspot.com/2019/07/a-arte-esta-em-meu-dna.html

Por: Ana Paula Silva

 

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