Marilene Santos Lima, Lene, como gosta de ser chamada, é natural de Alagoinhas (interior da Bahia). Mora em Salvador há 30 anos. Sendo que há 13 anos, é moradora do bairro de Fazenda Grande do Retiro. É divorciada (foi casada por 27 anos), e mãe de 4 filhos.

Lene nos conta que, o artesanato entrou na sua vida, através de sua ex-sogra. Ela aprendeu com a mesma e passou a gostar de costurar. Os materiais de trabalho usados por ela são agulhas, linhas, botões e tecidos. Os produtos vendidos por lene são vários, como: conjunto de cozinha, pano de prato, puxa saco, bate mão, toalhinha de mão, chaveiros, almofadas, porta talher, necessaire, entre outros. Todos esses são resultados do trabalho com a máquina de costura e manual, também.

Sobre o investimento no trabalho artesanal, ela afirma que vale a pena investir em costura, porém, no momento não dar para sobreviver apenas de suas produções com artesanato. Pois o lucro que obtém é pouco e é investido no material de trabalho. Assim, Lene deseja um dia viver apenas das vendas do artesanato, mas por enquanto, sobrevive com a ajuda de renda complementar vinda de seus filhos.

Ao falar sobre a satisfação com o seu trabalho, ela diz que é maravilhoso: “Toda vez que você faz uma peça [...] quando você ver ela prontinha, é uma satisfação enorme”.

Em relação aos pontos positivos e negativos de ser artesã, Lene afirma que, o lado positivo é que conhece várias pessoas, várias artesãs e aprende com o trabalho das colegas. Enquanto que a parte negativa é que não consegue sustentar-se vendendo apenas as próprias produções.

Ela trabalha com encomendas quando aparecem os pedidos, que são poucos. Normalmente de pessoas conhecidas que indicam e encomendam produtos como: porta fralda, toalhinhas, almofadas para quarto de bebê, peso de porta.

Lene passou a frequentar a UNEB, por meio do convite de duas amigas que estudam nesta instituição, e a convidaram para assistir algumas palestras, com isso, conheceu a feira das artesãs do Cultarte. No início não sabia que o bairro onde mora faz parte do antigo quilombo do Cabula. Uma de suas amigas entrou na sala do TBC/Cultarte para conhecer os trabalhos artesanal e viu que o bairro de Fazenda Grande do Retiro está incluído no projeto e a informou. Após saber do projeto, os bairros envolvidos e o dia em que o grupo se reunia, foi conhecer pessoalmente o Cultarte, apresentou o seu trabalho e está há quase cinco meses fazendo parte deste grupo de artesãs.

Ao relatar sobre como se sente fazendo parte do Cultarte: “ah, me sinto muito bem, aprendo muito com todas, porque aqui é uma troca de experiência, né? Um pouquinho do eu aprendo eu passo pra frente, um pouquinho do que elas aprendem, né? Passam pra mim. Eu desenvolvo e assim a gente vai. É maravilho está nesse grupo”.

Além disso, ela diz que é importante manter esse trabalho, do Cultarte, de ampliar as feiras, de todas caminharem juntas, com o objetivo de divulgar o artesanato (as produções), de vender.

 

Contatos e fotos se encontram no link abaixo: 

https://artesanatocultarte.blogspot.com/2019/06/a-importancia-do-artesanato-na-vida-das.html

 

Por: Ana Paula Silva

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