Angelice da Silva Santos, nasceu em Catu, Bahia. É casada, mãe de dois filhos. Mudou-se para o bairro Estrada de Barreiras, conhecido como Cabula em 1992.
É formada em Serviço Social. Ela nos conta que o artesanato entrou em sua vida aos 7 anos, pois, gostava muito de brincar de boneca e confeccionar as roupas de suas bonecas. Além disso, o seu pai era alfaiate e sua mãe o ajudava. Infelizmente, o pai de Angelice faleceu muito cedo e, ela acabou herdando a tesoura dele, que tem até hoje. Em um determinado momento de sua vida, estava sem trabalhar, e resolveu fazer uns panos de prato pra ter uma renda e engrenar na questão de vender coisas. Foi a partir daí que começou a vender panos de prato e as pessoas foram gostando, foram indicando o seu trabalho para outras pessoas. Ela começou a ampliar o seu trabalho fazendo peças para cozinha. Mas antes disso, a mesma confeccionava cortina para sua própria casa.
Ela permaneceu com o artesanato, mesmo trabalhando de carteira assinada, sempre tinha tempo para bordar, fazer ponto cruz em toalhas. “Eu venho usando o artesanato como fonte de renda [...] Não que venha me render muita coisa, né? Mas com certeza ajuda nas minhas despesas”.
Angelice trabalha mais com tecido, artigo para cozinha, pano de prato, capa para botijão de água, porta níquel (moeda), faz chaveiros, tiaras para cabelo. Sobre o investimento de tempo e dinheiro ela fala que vale investir, embora, é um lucro que as vezes demora de chegar, mas que é muito prazeroso, que ocupa a mente e a cada dia buscando coisas novas para melhorar o seu trabalho.
Ao iniciar com o artesanato, ela diz que gostava muito de ouvir a opinião das pessoas. Quando percebeu que as pessoas gostavam, foi tomando gosto e caminhando, fazendo as coisas, e está até hoje.
Trabalha com encomendas, por meio de conhecimento, algumas escolas pedem para a mesma fazer roupas para apresentações dos alunos. Ela diz que procura fazer um preço mais justo para poder satisfazer a vontade do cliente.
Além do artesanato, exerce outro tipo de trabalho, atualmente só dona de casa, além de ajudar no grupo na parte administrativa.
A sua relação com a UNEB, por ser uma instituição próxima de sua casa e ter um sonho de estudar nesta. Chegou a fazer um curso de gestão como ouvinte. Ela fala que fez parte de um outro grupo de artesanato que de repente foi se desfazendo, havendo algumas mudanças. Então, uma das integrantes fez um convite para a mesma participar da reunião e conhecer um pouco mais, ver se enquadrava e se gostava. Ela chegou ao Cultarte em 2015, foi fazer uma visita e se apresentou ao grupo e está até hoje. Gosta do grupo e se sente satisfeita, “pra mim é uma extrema felicidade participar do grupo, né? Fazer parte”.
Contatos e fotos se encontram no link abaixo:
https://artesanatocultarte.blogspot.com/2019/04/um-oficio-de-geracoes.html
Por: Ana Paula Silva