O TBC que tem como um dos princípios a autogestão, e com isso propõe que a comunidade envolvida participe ativamente do planejamento e execução, requer algumas observações para início da proposta: Identificar as potencialidades para o TBC, bem como articular todos os envolvidos nesse processo; pensar na elaboração do roteiro turístico alternativo e verificar a disponibilidade de hospedagem domiciliar.
Esses são os primeiros passos para quem deseja promover o TBC. A gestão é participativa e tudo precisa estar em harmonia para que a experiência entre anfitrião e visitante seja prazerosa e torne possível a repetição. O TBC está na simplicidade da localidade, na essência dos elementos da história e cultura, no cotidiano dos moradores, naquilo que faz o lugar pulsar. Portanto, antes de pensar em partilhar essa experiência é relevante pensar nos impactos causados por essa dinâmica no local, se positivos e ou negativos, como evitá-los.
Exemplo de iniciativa de execução de roteiros alternativos encontra-se no II Turistando pelo Beiru, ocorrido no dia 30/11/18 organizado pela professora Verônica Gordiano e estudantes do Colégio Estadual Helena Magalhães, localizado no bairro do Beiru, com apoio do projeto TBC Cabula-UNEB.
Outra iniciativa que também dialoga com os princípios da educação popular e do TBC é o projeto Jardim, organizado pela professora Maria José Neres e estudantes da Escola Estadual Visconde de Itaparica, onde cultivam jardim e horta dentro do espaço escolar. Essas ações fortalecem a ideia do TBC que além de partilhar saberes e fazeres das comunidades, propõe a discussão sobre políticas públicas que precisam ser efetivadas nessas localidades.
Katiane Alves